sábado, 31 de março de 2012

SEMANA SANTA

A Semana Santa, durante a qual a Igreja celebra os mistérios de nossa Redenção, é a preparação última para a Ressurreição de nosso Divino Salvador. Correspondendo à sua alta significação, distingue-se esta semana por comoventes cerimônias e atos litúrgicos.
No domingo chamado de Ramos, comemoramos a solene entrada de Jesus em Jerusalém e sua aclamação pelo povo.

Procissão de Ramos em Saragoça (Espanha)

Na quarta-feira, o grande sinédrio resolve condenar Jesus à morte e Judas vende por isso o seu Mestre por trinta dinheiros.

Na quinta-feira, assistimos à Instituição do sacrifício e do sacramento da Eucaristia.


Sexta-feira é o dia da condenação do Salvador, de sua Crucifixão e Morte na cruz.


Sábado Santo é o descanso do Senhor na sepultura e o raiar do dia da Ressurreição.


Como vemos, a Igreja se aprofunda mais e mais nos insondáveis Mistérios da Paixão do Salvador, até que a nossa tristeza atinge o mais alto grau nos últimos três dias. Os sinos se calam, os altares são despojados das toalhas. A história da Paixão nos é narrada pelos quatro Evangelistas. O apóstolo São Paulo nos exorta para toda a semana a participarmos dos sentimentos de Nosso Senhor e de sua Igreja, dizendo na Epístola do Domingo de Ramos: “Tende em vós os mesmos sentimentos que teve Jesus Cristo“.

Cuidemos que esta semana seja para nós verdadeiramente santa, esforçando-nos por uma vida mais perfeita para que possamos participar dos frutos de nossa Redenção. Evitemos as distrações supérfluas, para que o nosso espírito possa estar junto a Jesus. Enquanto for possível, assistamos às cerimônias e atos litúrgicos desses dias.
(No mistério do Cristo).

sexta-feira, 30 de março de 2012

Domingo de Ramos: dia da Coleta Nacional da Solidariedade

No próximo domingo, dia 1º de abril, dioceses, paróquias e comunidades de todo país celebrarão o Domingo de Ramos, dia em que os cristãos de todo o mundo fazem memória a entrada de Jesus em Jerusalém. É nesta data que a Igreja realiza a Coleta Nacional da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, em que todas as doações financeiras realizadas pelos fiéis farão parte dos Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade.

Voltado para o apoio a projetos sociais, os fundos são compostos da seguinte maneira: 60% do total da coleta permanecem na diocese de origem e compõe o Fundo Diocesano de Solidariedade e 40% são destinados para o Fundo Nacional de Solidariedade. O resultado integral da coleta da Campanha da Fraternidade de todas as celebrações do Domingo de Ramos será encaminhado à respectiva diocese.

Em 2012, com o tema “Fraternidade e Saúde Pública”, a Campanha da Fraternidade (CF) reflete junto aos seus fiéis temas como a atual situação do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o texto base da CF 2012, dados do IBGE mostram que enquanto os mais ricos usam a maior parte de seu orçamento com saúde no pagamento de planos privados, os mais pobres têm os remédios como item de maior consumo de seus gastos com saúde.

A HISTÓRIA TEM SENTIDO NA PÁSCOA

Diretor da Renovação Carismática explica como a ressurreição vence a rejeição do amor

Se a Páscoa marca a libertação do homem de toda escravidão do pecado e da morte, o pentecostes representa o recebimento de toda a energia espiritual capaz de combater o mal que ameaça o coração do homem e do mundo.

Ou se reina com Cristo na terra, com a vitória de Cristo e com o poder do seu Espírito, "não deixando que o mal vença, mas vencendo o mal com o bem" (cf. Rom, 12, 21), ou o reino de Satanás avançará sempre mais dolorosamente. A páscoa, com a ressurreição de Jesus, abre as portas do céu, do reino de justiça e de paz, da casa de Deus onde não haverá morte nem pranto, nem clamor, nem dor (cf. Ap 21, 3-4).

Desde que o homem deixou de acreditar no céu, transformou sua vida em algo que se assemelha a um inferno. O inferno na terra é, acima de tudo, a ausência da páscoa de Jesus, uma ausência que é rejeição do amor. Já é o inferno viver sem saber dar nem receber amor. Dizer-se cristão é fácil; ser cristão no generoso serviço à verdade e à atualidade dos mandamentos do amor de Deus é o grande desafio.

A páscoa significa, hoje, dar um rosto ressuscitado, um rosto de amor aos mandamentos de Deus, que não são uma sequência de imperativos negativos, mas um pedido de compromisso, um chamado a construir uma civilização do amor.

Assim, "não matar" significa proteger a vida, e desde o ventre materno. “Honra teu pai e tua mãe” é um apelo a defender a família natural. “Não levantarás falso testemunho” é a celebração da verdade e a defesa da dignidade humana.

Quem vai ensinar às futuras gerações a arte de viver, se somos os primeiros a parar de construir com esperança? Estamos aceitando passivamente que o reino do subjetivismo exasperado continue a produzir e a justificar a proliferação da crueldade e da violência.

Sim, porque o egoísmo é uma escola de crueldade. Particularmente notável, então, é esta nossa humanidade que vira as costas para o amor e que chora por abrir à sua frente um cenário de tristeza e de desolação.

A Paz: uma pessoa que se dá

É cada vez mais urgente achar as razões determinantes da reconciliação e do perdão, para inspirar a paz entre os homens, para criar uma cultura de paz que supere o ódio escondido no coração do homem. Jesus é o "Príncipe da Paz" (cf. Is 9, 6).

Deixemo-nos desarmar pelo seu amor, porque é inútil falar de paz se os nossos corações aninham ódio, orgulho, indiferença.

Jesus nos diz: "Ouvi-me todos e entendei: não há nada fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-lo. É o que sai do homem que o contamina. De dentro do coração do homem é que vêm as más intenções, roubos, assassinatos, maldade, engano, soberba, estultícia... "(Mc 7, 14-15.21-23).

Como cristãos, temos sempre diante dos nossos olhos os apelos de Cristo no Sermão da Montanha: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Pois se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? E se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis que os outros não façam? Acaso não fazem o mesmo os pagãos? Sede, pois, perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito"(Mt 5, 43-48).

A paz não é algo que se quer ou se tem, mas é Alguém, é Jesus, que nos quer, nos tem e se mantém fiel a nós."

Eu vos dou a minha paz, não como o mundo a dá" (Jo 14, 27). O mundo procura soluções pacíficas e crê ​​que homens iluminados podem garanti-la, mas nada de bom será conseguido sem Jesus, que, através da cruz e não de bandeiras multicoloridas, "destruiu em si mesmo a hostilidade" (Ef 2, 16-17).

Que Jesus ressuscite vencedor da morte e libertador de todos os males: o tempo atual não pode prescindir do poder do seu nome. Invoquemo-lo, esperemo-lo, vivo e eficaz, para celebrá-lo como único Senhor e Salvador do mundo.

Fonte: http://www.zenit.org/article-30015?l=portuguese

“A nova evangelização também começa no confessionário”

Bento XVI disse que os cristãos são chamados a anunciar com vigor a possibilidade do encontro entre o homem e Jesus Cristo.

O Papa Bento XVI encontrou-se com os membros da Penitenciaria Apostólica que participaram do XIII Curso sobre Foro Interno promovido pelo próprio dicastério vaticano, de 5 a 9 de março. A audiência aconteceu na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Durante o discurso, Bento XVI falou sobre o Sacramento Confissão, algo que está diretamente ligado ao trabalho da Penitenciaria Apostólica. De acordo com o Santo Padre, existe uma relação profunda entre esse Sacramento e a nova evangelização.

“A nova evangelização, então, parte também do Confessionário! Parte do misterioso encontro entre a grande busca do homem, sinal nele do Mistério Criador, e a Misericórdia de Deus, única resposta adequada à necessidade humana do infinito”, enfatizou.

O Pontífice explicou ainda, que cada sacerdote torna-se instrumento da misericórdia de Deus quando administra o Sacramento da Reconciliação e fez um pedido para que cada ministro ordenado reconheça a importância deste sacramento também na sua própria vida.

“O ministro do Sacramento da Reconciliação colabora com a nova evangelização renovando ele mesmo por primeiro, a consciência do próprio ser penitente e da necessidade de aproximar-se do perdão sacramental, para que se renove aquele encontro com Cristo, que, iniciado no Batismo, encontrou no Sacramento da Ordem uma específica e definitiva configuração”, salientou.

O que é a Penitenciaria Apostólica?

A Penitenciaria Apostólica é considerada o “Tribunal maior” da Igreja, responsável pela administração das dispensas, das sanções, e absolvições, sejam elas sacramentais ou não. O mesmo discastério também administra a concessão e o uso adequado das indulgências.

Vivendo a Semana Santa

A Semana Santa é o grande retiro espiritual das comunidades eclesiais, convidando os cristãos à conversão e renovação de vida. Ela se inicia com o Domingo de Ramos e se estende até o Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

DOMINGO DE RAMOS - A celebração desse dia lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, aonde vai para completar sua missão, que culminará com a morte na cruz. Os evangelhos relatam que muitas pessoas homenagearam a Jesus, estendendo mantos pelo chão e aclamando-o com ramos de árvores. Por isso hoje os fiéis carregam ramos, recordando o acontecimento. Imitando o gesto do povo em Jerusalém, querem exprimir que Jesus é o único mestre e Senhor.

2ª A 4ª FEIRAS – Nestes dias, a Liturgia apresenta textos bíblicos que enfocam a missão redentora de Cristo. Nesses dias não há nenhuma celebração litúrgica especial, mas nas comunidades paroquiais, é costume realizarem procissões, vias-sacras, celebrações penitenciais e outras, procurando realçar o sentido da Semana.

Tríduo Pascal

O ponto alto da Semana Santa é o Tríduo Pascal (ou Tríduo Sacro) que se inicia com a missa vespertina da Quinta-feira Santa e se conclui com a Vigília Pascal, no Sábado Santo. Os três dias formam uma só celebração, que resume todo o mistério pascal. Por isso, nas celebrações da quinta-feira à noite e da sexta-feira não se dá a bênção final; ela só será dada, solenemente, no final da Vigília Pascal.

QUINTA-FEIRA SANTA - Neste dia celebra-se a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. A Eucaristia é o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, que se oferece como alimento espiritual.

De manhã só há uma celebração, a Missa do Crisma que, na nossa diocese, é realizada na noite de quarta-feira, permitindo que mais pessoas possam participar.

Na quinta-feira à noite acontece a celebração solene da Missa, em que se recorda a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. Nessa missa realiza-se a cerimônia do lava-pés, em que o celebrante recorda o gesto de Cristo que lavou os pés dos seus apóstolos. Esse gesto procura transmitir a mensagem de que o cristão deve ser humilde e servidor.

Nessa celebração também se recorda o mandamento novo que Jesus deixou: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.” Comungar o corpo e sangue de Cristo na Eucaristia implica a vivência do amor fraterno e do serviço. Essa é a lição da celebração.

SEXTA-FEIRA SANTA - A Igreja contempla o mistério do grande amor de Deus pelos homens. Ela se recolhe no silêncio, na oração e na escuta da palavra divina, procurando entender o significado profundo da morte do Senhor. Neste dia não há missa. À tarde acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a proclamação da Palavra, a oração universal, a adoração da cruz e a distribuição da Sagrada Comunhão.

Na primeira parte, são proclamados um texto do profeta Isaías sobre o Servo Sofredor, figura de Cristo, outro da Carta aos Hebreus que ressalta a fidelidade de Jesus ao projeto do Pai e o relato da paixão e morte de Cristo do evangelista João. São três textos muito ricos e que se completam, ressaltando a missão salvadora de Jesus Cristo.

O segundo momento é a Oração Universal, compreendendo diversas preces pela Igreja e pela humanidade. Aos pés do Redentor imolado, a Igreja faz as suas súplicas confiante. Depois segue-se o momento solene e profundo da apresentação da Cruz, convidando todos a adorarem o Salvador nela pregado: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. – Vinde adoremos”.

E o quarto momento é a comunhão. Todos revivem a morte do Senhor e querem receber seu corpo e sangue; é a proclamação da fé no Cristo que morreu, mas ressuscitou.

Nesse dia a Igreja pede o sacrifício do jejum e da abstinência de carne, como ato de homenagem e gratidão a Cristo, para ajudar-nos a viver mais intensamente esse mistério, e como gesto de solidariedade com tantos irmãos que não têm o necessário para viver.

Mas a Semana Santa não se encerra com a sexta-feira, mas no dia seguinte quando se celebra a vitória de Jesus. Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição.

VIGÍLIA PASCAL - Sábado Santo é dia de “luto”, de silêncio e de oração. A Igreja permanece junto ao sepulcro, meditando no mistério da morte do Senhor e na expectativa de sua ressurreição. Durante o dia não há missa, batizado, casamento, nenhuma celebração.

À noite, a Igreja celebra a solene Vigília Pascal, a “mãe de todas as vigílias”, revivendo a ressurreição de Cristo, sal vitória sobre o pecado e a morte. A cerimônia é carregada de ricos simbolismos que nos lembram a ação de Deus, a luz e a vida nova que brotam da ressurreição de Cristo.


Semana Santa: não é para passear, mas se encontrar com Jesus


O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da paixão, da entrada de Jesus em Jerusalém e a liturgia da palavra que evoca a Paixão do Senhor no Evangelho de São Lucas.

Neste dia, entrecruzam as duas tradições litúrgicas que deram origem a esta celebração: a alegre, grandiosa , festiva litrugia da Igreja mãe da cidade santa, que se converte em mímesis, imitação do que Jesus fez em Jerusalém, e a austera memória - anamnese - da paixão que marcava a liturgia de Roma. Liturgia de Jerusalém e de Roma, juntas em nossa celebração. Com uma evocação que não pode deixar de ser atualizada.

Vamos com o pensamento a Jesuralém, subimos ao Monte das Oliveiras para recalar na capela de Betfagé, que nos lembra o gesto de Jesus, gesto profético, que entra como Rei pacífico, Messías aclamado primeiro e depois condenado, para cumprir em tudo as profecias.

Por um momento as pessoas reviveram a esperança de ter já consigo, de forma aberta e sem subterfúgios aquele que vinha em nome do Senhor. Ao menos assim o entenderam os mais simples, os discípulos e as pessoas que acompanharam ao Senhor Jesus, como um Rei.

São Lucas não falava de oliveiras nem de palmas, mas de pessoas que iam acarpetando o caminho com suas roupas, como se recebe a um Rei, gente que gritava: "Bendito o que vem como Rei em nome do Senhor. Paz no céu e glória nas alturas".

Palavras com uma estranha evocação das mesmas que anunciaram o nascimento do Senhor em Belém aos mais humildes. Jerusalém, desde o século IV, no esplendor de sua vida litúrgica celebrada neste momento com uma numerosa procissão. E isto agradou tanto aos peregrinos que o oriente deixou marcada nesta procissão de ramos como umas das mais belas celebrações da Semana Santa.

Com a litiurgia de Roma, ao contrário, entramos na Paixão e antecipamos a proclamação do mistério, com um grande contraste entre o caminho triunfante do Cristo do Domingo de Ramos e o "via crucis" dos dias santos.

Entretanto, são as últimas palavras de Jesus no madeiro a nova semente que deve empurrar o remo evangelizador da Igreja no mundo.

"Pai, em tuas mão eu entrego o meu espírito". Este é o evangelho, esta a nova notícia, o conteúdo da nova evangelização. Desde um paradoxo este mundo que parece tão autônomo, necessita que lhe seja anunciado o mistério da debilidade de nosso Deus em que se demonstra o cume de seu amor. Como o anunciaram os primeiros cristãos com estas narrações longas e detalhistas da paixão de Jesus.

Era o anúncio do amor de um Deus que desce conosco até o abismo do que não tem sentido, do pecado e da morte, do absurdo grito de Jesus em seu abandono e em sua confiança extrema. Era um anúncio ao mundo pagão tanto mais realista quanto mais com ele se poderia medir a força de sua Ressurreição.

A liturgia das palmas antecipa neste domingo, chamado de páscoa florida, o triunfo da ressurreição, enquanto que a leitura da Paixão nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo o Senhor.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Santidade, uma identidade jovem

A juventude é uma idade de muitos conflitos e dúvidas interiores, a cobrança vem de todos os lados, pais, professores, parentes e amigos esperando algo de nós. Mas o que nós realmente queremos ser? Quais são as nossas opções? Entre a diversidade que o mundo nos oferece, temos uma opção que pode ser seguida junto com todas as outras, e que vai nos ajudar a enfrentar os problemas que aparecem no dia-a-dia.

A opção de ser santo, de buscar a santidade sendo um verdadeiro cristão. Entre os muitos motivos que aparecem quando paramos para refletir o sentido de nossa existência, entre tantas respostas, existe uma que nos chama atenção: nós fomos criados para sermos santos, santos jovens e alegres, que são Sal da Terra e Luz do Mundo!

É possível ser santo no nosso dia-dia, sem deixar de ser jovem, de curtir a vida. Fácil, não será, mas também não será impossível. Devemos lembrar que as atitudes de Cristo eram jovens, Cristo é sempre atual, e está próximo a nós. Para ter a sede de ser jovem santo, é preciso em primeiro lugar ter um encontro pessoal com Jesus, conhecê-lo e ama-lo. Quem busca ser santo busca uma proximidade com Cristo, e isso só é possível se conhecermos o que Cristo fez, o que falou, e como isso afeta a nossa vida hoje.

Jesus, como o próprio significado do nome em hebraico nos conta, é “Deus Salva”. Deus, por seu amor infinito, nos enviou o Seu Filho, para que nós, apesar de nossos pecados, encontrássemos o caminho de regresso à eterna comunhão com Deus. Um poeta, chamado Paul Claudel disse certa vez: “Fala de Cristo apenas quando te perguntarem, mas vive de tal maneira que te perguntem por Cristo!”.

Estamos prontos para testemunhar Cristo, mas precisamos de coragem, para defender nossa fé, nosso amor, além das quatro paredes da igreja. É necessário ir ao encontro de quem está fora, buscar as almas mundanas, e transformá-las com nosso testemunho. Desta forma aprenderemos que ser santo é fazer a diferença, onde nos encontramos. Bento XVI diz: “Deus faz a diferença. Mais ainda: Deus nos faz diferentes, nos faz novos.”

A Santidade é feita de sorriso, de estender a mão. Santidade é atitude de quem sabe que recebeu mais do que merecia e só tem como retribuir dando-se. Independente do estilo, da visão do mundo ou da tribo a qual pertence. A santidade é possível para todos. Com gestos verdadeiros, ser santo, é ter atitude.

Dayane de Melo – Membro da Pascom

Símbologia da Páscoa

A Igreja celebra o tempo de Páscoa, que vai desde o Domingo da Ressurreição até o fim de Pentecostes -mais ou menos uns 50 dias- como se fosse um só dia, o Grande Dia, antecipação do tempo que não terá fim.

Este sentido do tempo da Páscoa se faz especialmente evidente no tempo conhecido como "Oitava de Páscoa", os oito primeiros dias do tempo pascal, em que as antífonas repetem durante toda a semana: 'Hoje o Senhor ressuscitou, cantemos um hino ao Senhor nosso Deus".

O ovo de Páscoa tem uma origem cristã. Na chamada "Idade Média", o ovo não somente era visto como um alimento saboroso e precioso- lembrando que não existia a produção em série- mas que além disso simbolizava a Cristo: assim como o ovo oculta uma vida que brotará, a tumba de Jesus também oculta sua futura ressurreição. Em muitos países ainda se conserva a tradição de pintar e abençoar os ovos de galinha antes do Domingo de Ramos, para depois comê-los no Domingo de Páscoa.

O coelho de Páscoa é um símbolo cristão da Ressurreição. Seu uso se remonta à antigos pregadores do norte europeu que viam na lebre um símbolo da Ascensão de Jesus e de como deve viver o cristão: as fortes patas traseiras da lebre lhe permitem ir sempre para cima com facilidade, enquanto suas frágeis patas dianteiras dificultam a descida.

A Pomba ou "Colomba" pascal, um pão doce e enfeitado com a forma de ave, é também um símbolo cristão. A forma de pomba era utilizada muito freqüentemente nos antigos sacrários onde se reservava a Eucaristia. O símbolo eucarístico se convirteu logo no pão doce que costuma ser compartilhado, em alguns países europeus -especialmente na Itália- no café da manhã de Páscoa e da "Pasquetta", a segunda-feira de Páscoa.

Quem medo da Cruz?

A Cruz e Vitória

A vida tem começo, tem a chegada. O início depende de cuidados, de atenção e proteção, tudo dentro de um processo de amadurecimento. A caminhada pode ser longa, como também curta. Ela tem em vista uma chegada vitoriosa, fruto das dificuldades e cruzes enfrentadas com objetividade e muita coragem.

Na visão misteriosa de Jesus, o caminho da vitória e da glória é a cruz. Isto é uma ideia incompatível com as realidades, já de seu tempo, como também com a cultura atual. Apesar dos sofrimentos, que atingem grande parte das pessoas, o que se aspira é o “gozo”, a felicidade e vida tranquila. Querem dizer que o sofrimento é desumano.

Abraão foi convocado por Deus para sacrificar o seu único filho, Isaac. O patriarca foi experimentado em sua fé, como muitos outros em suas vidas. O importante é que a recompensa, para quem assume com maturidade, é certa. A vitória deve ser fruto de determinação e critério no enfrentamento.

A fé em Deus nos iguala, seja na morte, que veio por Adão, ou na vida, que vem de Cristo. Encaremos um caminho de sofrimentos e vitórias, de tristezas e alegrias, mas tudo deve ser com objetivos consistentes e claros. Ter sempre a certeza de que Deus é por nós e nos acolhe em sua vida.

Dentro da mística cristã, é fundamental saber quem é Jesus Cristo. Ele é aquele que diz: “Quem quiser seguir-me, pegue sua cruz” (Mc 8, 34). O fracasso da cruz é caminho de vitória. É como o fato da transfiguração que revela a realidade da ressurreição. Este é o grande pensamento da quaresma.

Ser discípulo é anunciar a cruz e seguir o Mestre sem carreirismo e disputa pelo poder, como estava na mente de alguns dos apóstolos, e na mente de muita gente hoje. É ter a “veste branca" da justiça e de comprometimento com a vida. Os fracassos aparentes são transformados em vitória. Isto não é tão fácil para ser entendido na prática, a não ser escutando a Palavra de Deus.

D. Paulo Mendes
 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Asilo São Vicente de Paulo

CAMPANHA DE DOAÇÃO DO MÊS DE MARÇO

ESTAMOS PEDINDO ENCARECIDAMENTE POR...

ALIMENTOS:

Ø      CAFÉ
Ø      AÇÚCAR
Ø      MACARRÃO
Ø      OLEO
Ø      MOLHO DE TOMATE
Ø      LEITE
Ø      FEIJÃO

Caso você não consiga nos ajudar com alimentos, aceitamos doações de roupas, eletro domesticos entre outros, para o nosso pequeno bazar, revertemos o dinheiro em alimentos, remedios e materiais de ambulatorios...

Recebemos o que damos, ajudar o proximo, fazer o bem, com certeza teremos tudo isso de volta...

(11) 2412-7113

Catequese

As crianças tem necessidade de confissão?

O pecado é uma realidade presente em nossa vida. Rompendo a comunhão com Deus, com nossos irmãos e com o universo criado, renunciamos à nossa própria felicidade.

Vez por outra, insistimos em nosso próprio caminho, marcado pelo egoísmo, quando Deus tem outras propostas para nós. Essa é a experiência mais dramática de nossa vida, mas também a ocasião mais própria para sentirmos o quanto Deus é bom e misericordioso.

Cada vez que caímos sabemos que podemos contar com a mão amiga do Pai que nos levanta e nos embala na eterna canção do seu perdão. Esta experiência da reconciliação precisa ser vivenciada por nós desde pequenos, para que nosso coração se molde e se torne mais aberto aos projetos de Deus.

O amor, concretamente vivido nos gestos de reconciliação, é realidade a ser desenvolvida em nós desde a mais tenra idade. Daí a importância da confissão para as crianças.

Não podemos ver esta questão numa perspectiva sacramentalista ou moralizante. Vamos abrir os olhos para a graça de Deus, que ajuda na vivência da caridade e do exercício espiritual para a vida em comunidade! É preciso que se crie verdadeira consciência da comunhão e da importância da vida fraterna.

Crianças também erram, no longo aprendizado da vida de santidade. Crianças também ferem a amizade e a harmonia com os outros, com Deus e a natureza. Crianças também precisam aprender a reconciliar e a se abrir à graça restauradora de Deus.

Algumas experiências têm ajudado bastante na vivência deste sacramento entre as crianças. Uma delas insiste em mostrar o valor próprio da confissão e de seus frutos, possibilitando (não obrigando!) às crianças confessarem-se no decorrer da catequese em preparação à Eucaristia. Podem ser feitas celebrações comunitárias da reconciliação no encontro catequético.

Como realizar uma celebração comunitária da reconciliação adaptada às crianças?



Fonte: Catequese Hoje / Folheto O Domingo

terça-feira, 27 de março de 2012

Reflexão

A Purificação do Coração transformará o mundo

Da Igreja se diz que sempre pode ser reformada e renovada. Verdadeiras transformações são realizadas em seu seio, muito mais pela santidade de seus filhos do que por eventuais projetos de transformação, ainda que estes sejam necessários, na justa medida e no realismo de seus encaminhamentos.
 
A santidade presente na Igreja é prova de que nela habita seu esposo, que a amou e se entregou por ela, para torná-la santa e perfeita. À santidade que é dom descido do Céu, pela ação do Espírito Santificador, derramado abundantemente em todas as épocas da história, deve corresponder o esforço humano, que se expressa na prática da virtude em todos os seus membros.
 
O povo de Deus recebeu, por intermédio de Moisés, a perfeição da lei (cf. Ex 20, 1-17ss). Um santo orgulho era cultivado por todos, por saberem ter, no decálogo, o que existe de melhor para toda a humanidade. No entanto, muitas vezes aqueles que tinham sido escolhidos com tamanha gratuidade e generosidade se tornaram um povo de cabeça dura, infiéis aos preceitos do Senhor, profanando a santidade com a qual tinham sido escolhidos.
 
A este povo foram enviados continuamente os profetas, que anunciavam a misericórdia e o perdão e, ao mesmo tempo, denunciavam as falhas das sucessivas gerações. Nem sempre foram bem acolhidos, alguns morreram testemunhas da verdade, mas todos eles, quando verdadeiros profetas, iluminaram com sabedoria a prática religiosa. 
 
Profeta é aquele que fala diante dos outros com clareza, ou aquele que põe à disposição de Deus a sua fala, para que o Senhor se dirija ao povo. Jesus, que é profeta e mais do que profeta, encontra pecadores e os perdoa, acolhe publicanos e prostitutas, cura as doenças do corpo e da alma. Seus gestos proféticos, como a purificação do templo (cf. Jo 2, 13-15), expressam o zelo amoroso e forte de Deus que O devora por dentro.
 
O verdadeiro Templo, edificado por Deus e reedificado após a morte redentora em três dias, na ressurreição, é o próprio Cristo. Está agora presente em toda parte. Seu amor salvador é destinado a todos os homens e mulheres de todos os tempos. Dali para frente, Jesus atrai todas as gerações. O ponto de chegada, Nova Jerusalém, abre-se como espaço acolhedor, casa de oração para todos os povos, abraço amigo em que, começando dos mais distantes, todos podem ser recebidos. 
 
Templo a ser purificado são também os corações e os corpos de todos os homens e mulheres que professam a fé. Deixando o Senhor entrar em suas casas e em suas almas, proclamem um tempo de conversão, deixem-se tocar pela palavra da penitência e se voltem de novo para Deus. Ressoe o pregão quaresmal incansavelmente em nossas ruas e casas! 
 
Nossa geração precisa também ser purificada e acolher o convite a uma renovação de vida. O “chicote” da verdade, que fere e cura a ferida, é-nos de novo oferecido como dom. Quem se submete à Palavra de Deus entenderá a dureza da palavra da verdade, que ao mesmo tempo cauteriza todos os machucados. Caia o orgulho de Babel, terra da confusão, desmorone-se a grande Babilônia, cidade que quer se edificar sem Deus!
 
Caiam e renasçam renovadas e purificadas as estruturas humanas construídas sobre os fundamentos do egoísmo. Sejam expulsos dos pátios dos templos e dos espaços abertos nos corações os negócios ilícitos. Seja extirpada a mentira do coração e da fala! A profanação do sagrado seja superada e a vida dos cristãos seja o desagravo por todo o desrespeito reinante. O descaso pela vida seja curado, a saúde se difunda sobre a terra!
 
Para chegar lá, a purificação dos templos e dos corações ilumine os passos de todos os cristãos, para que eles sejam fermento de novos valores nas estruturas do mundo. Superando o denuncismo fácil, sejam construtores e companheiros de tantas pessoas de boa vontade, para edificar juntos as desejadas estruturas diferentes na sociedade. Sejam eles próprios homens e mulheres de tamanha capacidade de relacionamento, que arrebanhem, mesmo no silêncio, multidões de pessoas.
 

D. Alberto Taveira - Site Canção Nova

segunda-feira, 26 de março de 2012

Qual a diferença entre Frei e Padre?

 
Contam as crônicas dos Freis Capuchinhos de São Paulo que numa ocasião, uma senhora piedosa, conversando com um frei de votos perpétuos que estava numa semana vocacional em preparação à ordenação de um confrade, consciente que o seu chamado não era para o sacerdócio, mas para ser irmão, perguntou se ele era padre. O frei, atencioso, respondeu que não. Que era irmão há mais de 20 anos. A senhora, olhando para o Frei com cara de piedade, disse: “Fique triste não, meu filho, um dia você também consegue chegar ao sacerdócio. Não desista, continue estudando que quando for à hora Deus te chamará para ser padre”.
 
Noutra ocasião, estávamos em missão popular numa cidade do interior de São Paulo, conversando com os jovens na escola sobre vocação. Frei Arcanjo, noviço, estava se apresentando. Falou que era Frei e queria ser padre. Estava presente também Pe. Demétrius, da Diocese de Campinas, que estava ingressando na Ordem dos Capuchinhos, se apresentou dizendo que era padre e queria ser frei. Foi aquela confusão geral. Os jovens não entenderam nada.
 
Estas crônicas representam muito bem a mentalidade que estar presente no nosso povo. Conversando com uma ou outra pessoa, vez por outra, vem sempre à pergunta: qual a diferença entre padre e frei? Quem estudou mais; Quem é o mais importante, o melhor...
 
Jogo de palavras: tem frei que é padre e tem frei que não é padre. Tem padre que é frei e tem padre que não é frei.
 
Navegando na Internet, encontrei uma reflexão do Frei Lourenço M. Papin sobre a diferença entre padre e frei. Gostaria de transcrevê-lo na integra.
 
 
O Padre e o Frei
 
Assim como a medicina, a advocacia, a política e etc. têm sua linguagem e terminologia próprias, assim também acontece no universo da religião. Muitas vezes as expressões usadas tornam-se intrigantes e até mesmo pitorescas.
 
Ao longo de minha jornada de padre e de frei, tenho ouvido freqüentemente a pergunta “qual a diferença entre padre e frei?”
 
Antes de tudo, queremos lembrar que é variado e abrangente o leque do que chamamos vocação: vocação à vida, vocação cristã, vocação sacerdotal, vocação religiosa, vocação matrimonial, como também as vocações às diversas profissões. Detenhamo-nos na vocação religiosa (do padre ou presbítero) e na vocação religiosa (do frei, frade ou “religioso”).
 
Ambas são completas em si mesmas. Quem abraçou as duas é padre e frei, quem abraçou uma das duas, ou é só padre ou é só frei. Exemplo: Padre Gilberto é só padre, frei Chico é padre e frei! Nada de status ou carreira eclesiástica, como veremos logo mais!
 
E quem é o padre? É aquele que recebeu o sacramento da Ordem, em força do qual torna-se o dispensador dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia e da Penitência ou Confissão. Ele é chamado de “diocesano” (antigamente “secular”) quando está diretamente ligado ao Bispo de uma Diocese, a quem deve plena obediência.
 
No Ocidente, por lei eclesiástica, ele livremente assume o celibato, renunciando ao matrimônio; no Oriente o celibato é opcional. Além do curso médio de ensino, ele deve cursar pelo menos duas faculdades: Filosofia e Teologia. Ele pode viver sozinho ou com sua mãe, irmã ou irmão, ou pessoa de total confiança sua e da comunidade. Normalmente ele coordena e preside uma Paróquia ou comunidade eclesial.
 
 
E quem é o frei? É aquele que professa os chamados conselhos evangélicos, ou seja os votos de castidade (equivalente ao celibato), pobreza (não pode possuir nada como próprio, mesmo que viesse a ganhar fortunas) e obediência total a seus superiores religiosos e ao Sumo Pontífice que é o Papa. Deve igualmente cursar Filosofia e Teologia, geralmente com maior rigor. Exceto casos graves de emergência apostólica, ele vive sempre numa comunidade religiosa, ou seja, com outros freis ou confrades seus.
 
Depois de uma refletida experiência de vida religiosa em comunidade, após os votos temporários o frei deve emitir ou não os votos para sempre, até a morte.
 
Então, como frei ele é livre para ser ou não padre. Uma observação interessante: o celibato do padre diocesano no ocidente poderá um dia tornar-se opcional como no oriente, o mesmo, jamais acontecerá com o voto de castidade do frei, seja no ocidente como no oriente. Trata-se, como se vê, de uma opção de vida cristã, mais radical. É oportuno lembrar que existem também as freiras ou irmãs de vida apostólica ou de clausura (chamadas “religiosas ou consagradas”) que emitem os três votos e vivem em comunidades.
 
Na terminologia eclesiástica, emprega-se a expressão “leigos” (as) ou laicato para indicar aqueles (as) que não são nem padres, nem frades ou freiras.
 
Em decorrência do Batismo, porém, indistintamente todos são irmãos e irmãs em Cristo, todos iguais perante Deus. Do Batismo brota o princípio da igualdade entre os cristãos. A alegria e a responsabilidade de todos, consistem em sentir-se queridos e amados por Deus, discípulos e seguidores do Cristo, membros da mesma Igreja. Povo Santo, comprometidos com a causa do evangelho. Em modos diferentes, todos têm a missão de evangelizar pela palavra e a pelo testemunho cristão da própria vida.
 
Todos evangelizam e são evangelizados, sobretudo pelos pobres e humildes. Todos são chamados à santidade, uma vocação universal que se mede pela intensidade do amor a Deus e aos irmãos e não pelo cargo ou ministério que se exerce, assim, uma humilde faxineira, pela sua heróica vivência do amor cristão, pode ser mais santa do que um frei, uma freira, um padre, um bispo e o próprio papa (que também é padre)!
 
A exiguidade do espaço impedem-nos de falar da rica e plurissecular histórica dos padres e frades, com tantos sábios e santos a serviço do Reino e da humanidade. Quisemos apenas tentar explicar as nuanças entre padre e frei.
Se não o conseguimos, desculpe-nos o amigo leitor!
 
O importante é juntos construirmos, pelo amor, um mundo melhor e mais cristão.
 
Fonte: Frei Lourenço M. Papin
http://www2.uol.com.br/debate/1084/cadd/cadernod04.htm

domingo, 25 de março de 2012

Catequese

Qual a hora certa de comecar e terminar a catequese?

Sempre é tempo de começar a catequese. Nunca é tempo de parar. A catequese é para toda a vida!

O bebê se alimenta de leite. Quando cresce precisa de uma comida mais forte, para se tornar robusto e assim enfrentar os desafios da vida.

A fé do cristão tem que se alimentar para crescer e tornar-se adulta. A fé nao pode stacionar, pois os compromissos do cristão adulto vão ficando maiores e mais profundos, Onde buscar o alimento para fortalecer a fé e não cair no caminho? A catequese nos mostra a Biblia como fonte principal.

O maior compromisso do cristão é anunciar o Evangelho. jesus chamou adultos , tantos mulheres quanto homens, catequizou-os e os enviou-os para evangelizar a todos (Mt 10). Nos evangelhos vemos que Jesus abençoa as crianças e catequiza os adultos. Será que nao estamos fazendo o contrario? Não estamos catequisando só as crianças e "abençoando" aos adultos?

Os bispos confirmam que a missão de evangelizar é de todos os batizados e de todas as comunidades . Essa tarefa nós a recebemos no batismo e as confirmamos no crismas.
Para evangelizar é preciso estar cada vez mais por dentro do conteúdo da mansagem cristã. É na catequese de adultos que se clareiam os caminhos e se aperfeiçoa o conhecimento da Verdade.

O Papa, no documento que preparou a entrada do 3º Milênio , disse que a catequese é para todos. É uma caminhada permanente de formação na fé , na esperança e na caridade. A catequese forma a mente e toca o coração , levando a pessoa a abraçar Jesus Cristo totalmente.

O Papa convocou todos os fieis a fermentar com o Evangelho todos os lugares onde estão presentes : no trabalho , na politica, na economia, nos meios de comunicação, nas escolas.... Essa é uma tarefa para cristãos adultos. As crianças e Jovens também colaboram conforme sua capacidade e possibilidades. Todos : crianças, jovens, adultos, para evangelizar, precisam de uma catequese permanente !

Fonte: Catequese Hoje / Folheto O Domingo

Vejam como eles se amam.... Conhecam a verdade

sábado, 24 de março de 2012

Valei meu padinho Ciço do Juazeiro do Norte

O Padre Cícero Romão Batista nasceu no dia 24 de março de 1844, no Crato, Ceará, filho de Joaquim Romão Batista e Joaquina Vicência Romana. Foi batizado no dia 8 de abril pelo Padre Manoel Joaquim Aires do Nascimento, tendo como padrinhos seu avô paterno, Romão José Batista e uma tia materna, Antônia Ferreira Catão.

Aos 7 anos, começou a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma e fez sua Primeira Comunhão na matriz do Crato. Aos 12 anos, passou a ser aluno do latinista Padre João Marrocos Teles, professor, por concurso, da cadeira de Latim, criada no Crato por D. Pedro I e com essa idade fez o voto de castidade, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales, como ele próprio afirma no seu testamento. Seu pai, sabendo dos seus progressos na aula régia do prof. João Marrocos, o matriculou no famoso colégio do Padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras, Paraíba. Em 1862 interrompeu seus estudos e retornou ao Crato para cuidar da sua mãe e irmãs solteiras, devido a morte inesperada de seu pai, vítima da cólera-morbo.

Em março de 1865, ingressou no Seminário de Fortaleza, para seguir a carreira eclesiástica, onde é ordenado em novembro de 1870. Regressando ao Crato, em 1871, cantou a sua primeira missa no altar de Nossa Senhora da Penha, na Matriz do Crato e durante esse ano foi professor no colégio ali fundado por José Marrocos. Em abril de 1872, com 28 anos de idade, retorna ao povoado de Juazeiro, onde fixou residência definitivamente.

Iniciou a melhoria da capela do Juazeiro, dedicada a Nossa Senhora das Dores, padroeira do lugar, onde desenvolveu o seu trabalho pastoral, conquistando, desde então, a simpatia da comunidade.

Em 1889, ocorreu a primeira manifestação dos poderes milagrosos a ele atribuídos, quando a hóstia colocada na boca da beata Maria de Araújo se transformou em sangue. O médico Marcos Madeira atestou como sobrenaturais os fenômenos por ele vistos e estudados das hóstias que se transformavam em sangue. Foi chamado à Fortaleza pelo bispo Dom Joaquim José Vieira para um AUTO DE PERGUNTAS sobre o que estava ocorrendo em Juazeiro, para onde é enviada uma primeira Comissão de Inquérito que confirma o que está ocorrendo e envia ao bispo um relatório considerando todos os fenômenos como sendo coisa divina.

O bispo não acata nem acredita no relatório, nomeando uma outra Comissão de Inquérito, tendo à frente o Mons. Antonio Alexandrino de Alencar, que mandou buscar a beata Maria de Araújo ao Crato. Ao ministrar-lhe o hóstia esta não se transforma mais em sangue. A Comissão fez um relatório desmentindo tudo e considerando um embuste o ocorrido em Juazeiro e envia-o ao bispo que o acatou, assinando uma portaria, na qual estipulava as seguintes sanções contra o Padre Cícero : ele não podia mais celebrar em Juazeiro, confessar nem pregar na diocese. Era também terminantemente proibido de falar sobre o assunto dos milagres e atender aos romeiros.

Padre Cícero viajou então a Roma, onde teve uma audiência com o Papa Leão XII sendo absolvido de suas penas. Porém o Bispo do Ceará, Dom Joaquim Vieira, publicou a sua pastoral nº 4, decidindo que o sacerdote não poderia celebrar, confessar ou fazer sermões, enquanto não viesse de Roma o decreto de reabilitação.

Proibido de exercer suas funções eclesiásticas, tentou ajudar o povo de Juazeiro através do ingresso na vida política. Com a transformação de Juazeiro em município, foi nomeado pelo governador do Ceará, Nogueira Acioli, prefeito de Juazeiro. Em 1914, a Assembleia legislativa do Ceará reuniu-se e, por maioria, reconheceu o Padre Cícero como 1º Vice-Governador do Estado.

Em 1916, ele recebeu do novo bispo da diocese do Crato, Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, permissão para celebrar na Igreja de Nossa Senhora das Dores, após 24 anos de proibição. Voltando a celebrar começou a receber maior número de romeiros. Alguns comerciantes haviam mandado fabricar medalhas com a sua efígie o que não agradou ao novo bispo. Quando solicitou autorização a Dom Quintino para ser padrinho de uma criança que ia batizar-se, o bispo desgostoso com a notícia de que estavam vendendo medalhas com o retrato do Padre, negou a autorização para apadrinhar e determinou que, a partir daquela data, não mais deveria celebrar.

Ferido, não se revoltou nem reagiu. Aceitou com humildade a decisão do seu bispo, dedicando-se totalmente ao bem da sua cidade de Juazeiro. Era um nome famoso, líder do povo do Nordeste, conselheiro de milhões de pessoas. O povo amava o seu padrinho sofredor. Morreu, no dia 20 de julho de 1934, às 5h da manhã, aos 90 anos, sendo enterrado no dia 21, na presença de mais de 70 mil pessoas.

Fonte: www.fundaj.gov.br

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sexta-feira, 23 de março de 2012

Um chamado, uma resposta: Vocação

Descobrir sua vocação é um desafio e uma grande prova de fé para qualquer jovem. A vocação é uma resposta ao chamado de Deus, mas não são apenas os religiosos e consagrados que possuem uma vocação. Todos os batizados a recebem, e descobri-la é um caminho de experiências alegres, desafiadoras, que exige muita fé, entrega e renuncia, mas que proporciona a melhor das recompensas, a felicidade na vida eterna.

Os sinais enviados por Deus são simples, mas concretos. Por vezes temos a grande vontade que um anjo apareça para nós, assim como aconteceu o chamado de Nossa Mãe, a Virgem Santíssima. Mas Deus não grita nos nossos ouvidos, não manda bilhete, nem põem carta no Correio. O Chamado é sempre resultado de uma aproximação, entre duas vontades, despertado pela vontade de Deus e respondida pela pessoa escolhida.

O Espírito Santo nos manda muitos sinais, se formos capazes de ter a atitude de humildade e escutar, reconhecendo esses sinais em si, no nosso interior, através dos dons recebidos, dos acontecimentos, do ambiente e das pessoas com que convivemos ou que passam nas nossas vidas. A Igreja oferece ao jovem que está disposto a reconhecer estes sinais o acompanhamento vocacional, que é uma ajuda a quem busca a própria vocação.

O acompanhamento vocacional é um serviço proposto a quem se pergunta como descobrir dentro da própria história pessoal o plano de Deus, ajudando não só a conhecer a vontade de Deus, mas também a desejá-la, a ponto de escolhê-la pessoalmente, após tê-la amado.

Autor: Dayane de Melo - Membro da Pascom
Fonte: http://www.catecismojovem.com.br/

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Pior cego é aquele que não quer enxergar.

O ESPÍRITO SANTO NÃO ATUA NO BARULHO E NA BAGUNÇA

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OS DOZE GRAUS DO SILÊNCIO DE SOR AMADA DE JESUS
 
O SILÊNCIO..

Enquanto o mundo grita desesperado, e os rumores atordoam as multidões, cabe espaço em nós para o silêncio, pois somente através dele, nos calando, é que podemos escutar a voz de Deus. O Espírito Santo não atua na balbúrida, na confusão, na música profana e atordoante, na gritaria e sim no silêncio dos corações. Segue o artigo, gentileza de Maria de Lurdes...

Os doze graus do silêncio, Irmã Amada de Jesus

Livre-tradução do Artigo "Los doce grados del silencio" de "Sor Amada de Jesús" publicado em "Cuadernos de La Reja" número 2 do Seminário Internacional Nossa Senhora Corredentora da FSSPX.

A vida interior poderia consistir só nesta palavra: Silêncio! O silêncio prepara os santos; ele os começa, os continua e os acaba. Deus, que é eterno, não diz mais que uma só palavra, que é o Verbo. Do mesmo modo, seria desejável que todas as nossas palavras digam Jesus direta ou indiretamente. Esta palavra: silêncio, quão formosa é!

1º Falar pouco às criaturas e muito a Deus

Este é o primeiro passo, mas indispensável, nas vias solitárias do silêncio. Nesta escola é onde se ensinam os elementos que dispõe à união divina. Aqui a alma estuda e aprofunda esta virtude, no espírito do Evangelho, no espírito da Regra que abraçou, respeitando os lugares consagrados, as pessoas, e sobretudo esta língua na qual tão freqüentemente descansa o Verbo ou a Palavra do Pai, o Verbo feito carne. Silêncio ao mundo, silêncio às notícias, silêncio com as almas mais justas: a voz de um Anjo turbou Maria...

2º Silêncio no trabalho, nos movimentos

Silêncio no porte; silêncio dos olhos, dos ouvidos, da voz; silêncio de todo o ser exterior, que prepara a alma para passar a Deus. A alma merece tanto quanto pode, por estes primeiros esforços em escutar a voz do Senhor. Que bem recompensado é este primeiro passo! Deus a chama ao deserto, e por isso, neste segundo estado, a alma aparta tudo o que poderia distraí-la; se distancia do ruído, e foge sozinha Àquele que somente é. Ali ela saboreará as primícias da união divina e o zelo de seu Deus. É o silêncio do recolhimento, ou o recolhimento do silêncio.

3º Silêncio da imaginação

Esta faculdade é a primeira em chamar à porta fechada do jardim do Esposo; com ela vêm as emoções alheias, as vagas impressões, as tristezas. Mas neste lugar retirado, a alma dará ao Bem Amado provas de seu amor. Apresentará a esta potência, que não pode ser destruída, as belezas do céu, os encantos de seu Senhor, as cenas do Calvário, as perfeições de seu Deus. Então, também ela permanecerá no silêncio, e será a servente silenciosa do Amor divino.

4º Silêncio da memória

Silêncio ao passado... esquecimento. Há que saturar esta faculdade com a recordação das misericórdias de Deus... É o agradecimento no silêncio, é o silêncio da ação de graças.

5º Silêncio às criaturas

Oh, miséria de nossa condição presente! Com freqüência a alma, atenta a si mesma, se surpreende conversando interiormente com as criaturas, respondendo em seu nome. Oh, humilhação que fez gemer os santos! Nesse momento esta alma deve retirar-se docemente às mais íntimas profundezas deste lugar escondido, onde descansa a Majestade inacessível do Santo dos santos, e onde Jesus, seu consolador e seu Deus, se descobrirá a ela, lhe revelará seus segredos, e a fará provar a bem-aventurança futura. Então lhe dará um amargo desgosto para tudo o que não é Ele, e tudo o que é da terra deixará pouco a pouco de distrair-la.

6º Silêncio do coração

Se a língua está muda, se os sentidos se encontram na calma, se a imaginação, a memória e as criaturas se calam e fazem silêncio, se não ao redor, ao menos no íntimo desta alma de esposa, o coração fará pouco ruído. Silêncio dos afetos, das antipatias, silêncio dos desejos no que tem de demasiado ardente, silêncio do zelo no que tem de indiscreto; silêncio do fervor no que tem de exagerado; silêncio até nos suspiros... Silêncio do amor no que tem de exaltado, não dessa exaltação da qual Deus é autor, senão daquela na qual se mistura a natureza. O silêncio do amor, é o amor no silêncio...

É o silêncio diante de Deus, suma beleza, bondade, perfeição... Silêncio que não tem nada de chateado, de forçado; este silêncio não danifica a ternura, o vigor deste amor, de modo semelhante a como o reconhecimento das faltas não danifica tampouco o silêncio da humildade, nem o bater das asas dos anjos de que fala o profeta o silêncio de sua obediência, nem o fiat o silêncio de Getsemani, nem o Sanctus eterno o silêncio dos serafins...

Um coração no silêncio é um coração de virgem, é uma melodia para o coração de Deus. A lâmpada se consome sem ruído diante do Sacrário, e o incenso sobe em silêncio até o trono do Salvador: assim é o silêncio do amor. Nos graus precedentes, o silêncio era ainda a queixa da terra; neste a alma, por sua pureza, começa a aprender a primeira nota deste cântico sagrado que é o cântico dos céus.

7º Silêncio da natureza, do amor próprio

Silêncio à vista da própria corrupção, da própria incapacidade. Silêncio da alma que se compraz na sua baixeza. Silêncio aos louvores, à estima. Silêncio diante dos desprezos, das preferências, das murmurações; é o silêncio da doçura e da humildade. Silêncio da natureza diante das alegrias ou dos prazeres. A flor se abre no silêncio e seu perfume louva em silêncio ao criador: a alma interior deve fazer o mesmo. Silêncio da natureza na pena ou na contradição. Silêncio nos jejuns, nas vigílias, nas fadigas, no frio e no calor.
 
Silêncio na saúde, na enfermidade, na privação de todas as coisas: é o silêncio eloqüente da verdadeira pobreza e da penitência; é o silêncio tão amável da morte a todo o criado e humano. É o silêncio do eu humano transformando-se no querer divino. Os estremecimentos da natureza não poderiam turbar este silêncio, porque está acima da natureza.

8º Silêncio do espírito

Fazer calar os pensamentos inúteis, os pensamentos agradáveis e naturais; só estes danificam o silêncio do espírito, e não o pensamento em si mesmo, que não pode deixar de existir. Nosso espírito quer a verdade, e nós lhe damos a mentira! Agora bem, a verdade essencial é Deus! Deus é o bastante à sua própria inteligência divina, e não basta à pobre inteligência humana!

No que concerne a uma contemplação de Deus perene e imediata, não é possível na debilidade da carne, a não ser que Deus conceda um puro dom de sua bondade; mas o silêncio nos exercícios próprios do espírito consiste, em relação à fé, em contentar-se com sua luz escura. Silêncio aos raciocínios sutis que debilitam a vontade e dissecam o amor.
 
Silêncio na intenção: pureza, simplicidade; silêncio às buscas pessoais; na meditação, silêncio à curiosidade; na oração, silêncio às próprias operações, que não fazem mais que entravar a obra de Deus. Silêncio ao orgulho que se busca em tudo, sempre e em todas as partes; que quer o belo, o bem, o sublime; é o silêncio da santa simplicidade, do desprendimento total, da retidão.

Um espírito que combate contra tais inimigos é semelhante a esses anjos que vêem sem cessar a Face de Deus. Esta é a inteligência, sempre no silêncio, que Deus eleva a si.

9º Silêncio do juízo

Silêncio quanto às pessoas, silêncio quanto às coisas. Não julgar, não deixar ver a própria opinião. Não ter opinião às vezes, ou seja, ceder com simplicidade, sem nada se opor a ele por prudência ou por caridade. É o silêncio da bem-aventurada e santa infância, é o silêncio dos perfeitos, o silêncio dos anjos e dos arcanjos, quando seguem as ordens de Deus. É o silêncio do Verbo encarnado!

10º Silêncio da vontade

O silêncio aos mandamentos, o silêncio às santas leis da regra, não é, por dizer assim, mais que o silêncio exterior da própria vontade. O Senhor tem algo que ensinar-nos de mais profundo e de mais difícil: o silêncio do escravo sob os golpes de seu amo. Mas, feliz escravo, pois o Amo é Deus! Este silêncio é o da vítima sobre o altar, é o silêncio do cordeiro que é despojado de sua pele, é o silêncio nas trevas, silêncio que impede pedir a luz, ao menos a que alegra.
 
É o silêncio nas angústias do coração, nas dores da alma; o silêncio de uma alma que se viu favorecida por seu Deus, e que, sentindo-se rechaçada por Ele, não pronuncia nem sequer estas palavras: Por que? Até quando? É o silêncio no abandono, o silêncio sob a severidade do olhar de Deus, sob o peso de sua mão divina; o silêncio sem outra queixa que a do amor.
 
É o silêncio da crucifixão, é mais que o silêncio dos mártires, é o silêncio da agonia de Jesus Cristo. Se este silêncio é seu divino silêncio e nada é comparável à sua voz, nada resiste à sua oração, nada é mais digno de Deus que esta classe de louvor na dor, que este fiat no sofrimento, que este silêncio no trabalho da morte.

Enquanto esta vontade humilde e livre, verdadeiro holocausto de amor, se despedaça e se destrói para a glória do nome de Deus, Ele a transforma em sua vontade divina. Então o que falta para sua perfeição? O que requer ainda para a união? O que falta para que Cristo seja acabado nesta alma? Duas coisas: a primeira é o último suspiro do ser humano; a segunda é uma doce atenção ao Bem Amado cujo beijo divino é a inefável recompensa.

11º Silêncio consigo mesmo

Não falar-se interiormente, não escutar-se, não queixar-se nem consolar-se. Em uma palavra, calar-se consigo mesmo, esquecer-se de si mesmo, deixar-se só, completamente só com Deus; fugir, separar-se de si mesmo. Este é o silêncio mais difícil, e sem embargo é essencial para unir-se a Deus tão perfeitamente como possa fazê-lo uma pobre criatura que, com a graça, chega com freqüência até aqui, mas se detém neste grau, porque não o compreende e o pratica menos ainda. É o silêncio do nada. É mais heróico que o silêncio da morte.

12º Silêncio com Deus

No começo Deus dizia à alma: "Fala pouco às criaturas e muito comigo". Aqui lhe diz: "Não me fales mais". O silêncio com Deus é aderir-se a Deus, apresentar-se e expor-se diante de Deus, oferecer-se a Ele, aniquilar-se diante dEle, adorá-lo, amá-lo, escutá-lo, ouvi-lo, descansar nEle. É o silêncio da eternidade, é a união da alma com Deus.