sábado, 30 de novembro de 2013

Liturgia


REPOUSO E NÃO ESTRESSE


Hoje em dia muitas celebrações litúrgicas, em vez de levarem ao repouso, conduzem a um verdadeiro cansaço, um perigoso estresse. Uma senhora me dizia, em Goiânia, que na terra onde mora, perto de Belém do Pará, as Missas estão se tornando insuportáveis devido ao estrépito, à barulheira do canto, dos conjuntos musicais, além de comentários intermináveis e avisos que não terminam. Às vezes, ainda consegue levar o marido à Missa, diz ela, mas a certa altura ele diz: "Mulher, não aguento mais, vou embora". De fato, levanta-se e se retira.
 
Ora, a sagrada Liturgia não constitui um espetáculo. Toda a assembleia celebrante brinca diante de Deus e em Deus. A Liturgia não é conquista humana. Não é eficaz pela força das palavras como se fosse uma conquista. É obra de Deus, puro dom divino, Deus mesmo a ser acolhido. A Liturgia leva a assembleia ao repouso em Deus e não ao cansaço, ao estresse do esgotamento físico e psíquico.

 Na ação litúrgica já participamos do "repouso" prometido por Deus a seu povo (cf. Sl 94). Ela conduz à tranquilidade, ao descanso, ao sossego da comunhão de vida e do amor com Deus e em Deus. Seu desenrolar aos poucos vai aquietando os corações dos que chegam à assembleia celebrante cheios de tensões causadas pela vida agitada, pelas preocupações do dia a dia. Aos poucos, na escuta da Palavra de Deus, o coração se deixa reconciliar, estabelece-se novamente a harmonia com Deus, com o próximo e com toda a criação. Os participantes acolhem a Palavra e a deixam aninhar-se no seu coração. Todos vão se deixando enlevar pelo ritmo dos diversos ritos, que estabelecem o clima de oração, melhor, que constituem oração, relação efetiva e afetiva com Deus por Cristo e em Cristo Jesus.


 Por isso, as nossas celebrações devem voltar a ser mais contemplativas dos mistérios de Cristo que se tornam presentes, onde entrará sobretudo a linguagem da escuta atenta, da acolhida, da contemplação, dos ritos em si mesmos, inclusive, do silêncio.

 A celebração cristã não pode estar repleta de estímulos externos, de estrépito, de barulho, repleta de ruídos. Evitar-se-ão toda surpresa, toda quebra do ritmo do rito, toda interrupção do fluir da relação orante com Deus através de todas as faculdades e todos os sentidos, embalada pelo ritmo do rito. A palavra, o som, o canto e a música constituem apenas um aspecto da participação ativa. É um desastre quando o som da palavra e da música se torna atordoante e ensurdecedor. Isto não leva ao repouso em Deus, mas a maior tensão, ao estresse. As pessoas deixam a celebração mais tensas do que quando chegaram.

 Diria que a participação ativa é antes uma acolhida passiva do dom de Deus, do próprio Deus no coração, deixando-se envolver por Deus, revestir-se de Deus, fazendo sua a glorificação prestada por Jesus Cristo ao Pai. Deus não se agrada com um culto de multiplicação de palavras. Compraz-se com um coração contrito e humilhado.

 

Toda celebração litúrgica, particularmente a Eucaristia, possui uma dinâmica interna. O início pode ser mais vivo para despertar e motivar a celebração.
 
Aos poucos, porém, a partir da escuta e da contemplação dos mistérios, brota a resposta orante de admiração, de adoração, de louvor, de ação de graças. Comer e beber juntos exige tranquilidade, sossego, satisfação, plenitude.
 
Assim, toda a assembleia flui para o repouso, a comunhão, a linguagem do coração, a linguagem do esposo e da esposa, para o silêncio profundo da satisfação em Deus.
 
Acontece, então, a reconciliação total, o descanso, o repouso em Deus. O coração e a alma se retemperam em Deus, se fortalecem com o dom de Deus. Assim, reconciliadas, as pessoas podem retornar à luta do dia-a-dia.

Frei Alberto Beckhäuser, OFM

O Sacramento da Crisma

 




Crisma é o Sacramento que confere os Dons do Espírito Santo, conduzindo o fiel ao caminho da perfeição cristã. Representa como que a passagem da infância para a fase adulta: é o Sacramento da maturidade cristã. Podemos então dizer que a Crisma é o Sacramento da Confirmação do Batismo. A palavra Crisma vem do grego e significa óleo da unção. O termo, no feminino (a Crisma), refere-se ao Sacramento, e no masculino (o Crisma), refere-se ao óleo de ungir. Ungir é untar a fronte do crismando com o óleo próprio, em cruz. O óleo usado na cerimônia da Crisma é consagrado na Missa da Quinta-Feira Santa.

A Crisma é a Confirmação do Batismo porque fortalece a Graça que este nos confere: se o Batismo nos imerge no Espírito Santo, a Crisma deve nos tornar “fortes e robustos” no mesmo Espírito. Ao atingir a maturidade na fé, por sua própria decisão e convicção, o cristão escolhe confirmar a sua condição de filho de Deus, cristão batizado e membro do Corpo Místico de Cristo neste mundo, a Santa Igreja.

Três passos são necessários à administração da Crisma: a imposição das mãos sobre a cabeça do crismando; a unção com o óleo na fronte; as palavra do Bispo: “Recebe por este sinal o Espírito Santo, Dom de Deus”, ao que o crismando responde: “Amém”.

É o Bispo quem ministra o Sacramento da Crisma, mas em sua ausência pode delegar essa missão a um padre. Durante a celebração, o Bispo suplica os Dons do Espírito Santo na seguinte oração: “Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo destes uma vida nova a estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do Espírito do vosso temor.”

Por que receber a Crisma? - Porque é o Sacramento que faz o autêntico cristão. Ser cristão é comprometer-se com o Evangelho, ser coerente ao com-promisso assumido. A Crisma nos torna soldados de Cristo, é o Sacramento da maturidade na Fé, da responsabilidade.

As Escrituras revelam que o Espírito Santo leva a vida humana à sua plenitude, Vontade do Pai para nós. A Confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo.

A Crisma expressa o aspecto dinâmico, ativo e evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra é chegar à plenitude da santidade. Evoluir, neste caso, é crescer na vida iniciada no Batismo: um processo contínuo que dura até o fim desta vida. Não podemos permanecer “semente”; é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos.


Os 7 Dons do Espírito Santo:
Sabedoria - Não sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a Verdade, que é Deus, Fonte da Sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia e na orientação da Igreja.

Entendimento - Dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.

Conselho - É a luz para distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, e assim orientarmos acertadamente a nossa vida, e as vidas daqueles que precisam de um conselho nosso.

Ciência - Não é a ciência do mundo, mas a ciência do Sagrado, das coisas de Deus. Ciência da Verdade e da Vida. Por esse Dom, o Espírito Santo nos indi-ca o caminho a seguir na realização da nossa verdadeira vocação.

Fortaleza - É o Dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, até mesmo no martírio, se for preciso.

Piedade - É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.

Temor de Deus - Não é medo de Deus: “O Perfeito Amor lança fora o medo; quem tem medo não é perfeito no Amor” (Jo 4, 18). Significa viver o Amor sincero por Deus, tão grande que queima o coração de respeito e sincera devoção pelo Criador. Não é pavor da Justiça Divina, é zelo em agradar a Deus.


A Crisma na prática
Quem pode receber a Confirmação? Todo batizado pode receber este Sa-cramento (Cân. 889, §1) uma vez. Para recebê-la licitamente é necessário estar devidamente preparado, disposto e em condições de renovar as promessas do Batismo (Cân. 889, §2). Como regra geral, a idade mínima é de 14 anos. O candidato à Confirmação deve professar a fé, estar em estado de graça (confessar antes), ter a intenção de receber o Sacramento e estar preparado para ser discípulo e testemunha de Cristo, na comunidade eclesial e nas ocupações temporais (CIC §1319).

Padrinho/Madrinha: não podem ser os pais do crismando (Cân. 893 e 874). Precisa ser católico, confirmado, ter recebido o Santíssimo Sacramento da Eucaristia e estar disposto a orientar sua vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir (Cân. 874, §1). Precisa ter dezesseis anos completos, a não ser que outra idade seja determinada pelo Bispo diocesano (Cân. 874, §1). É desaconselhável escolher como padrinho o esposo(a), namorado(a) ou noivo(a). Alguém de outra religião pode ser admitido como testemunha da confirmação, ao lado de um padrinho católico.

Preparação: Após a primeira Eucaristia, o adolescente deve participar de encontros de perseverança e atividades paroquiais próprias para sua idade, dando continuidade ao processo de formação na Fé. Os padrinhos e pais devem acompanhar a formação do crismando, e participar dos encontros e palestras promovidas pela Igreja, sobre temas bíblicos, morais, doutrinários e litúrgicos.

Quanto ao conteúdo e métodos de preparação, recomendamos as publicações “Orientações para Catequese da Crisma” (1991) e “Fortalecidos no Espírito” (1998), da CNBB. A preparação deve ter a duração de ao menos um ano, com encontros de evangelização e formação na fé, bem como a participação nas celebrações da comunidade.

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Fontes e referência bibliográfica:
ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Diretório dos Sacramentos da Arquidiocese de São Paulo. São Paulo: Paulinas, 1982.
PEREIRA, Leonardo Tarcísio Gonçalves, Pe. Tocar o Senhor. São Paulo: Loyola, 10ª ed., 2004, pp. 57-59.
COSTA, Henrique Soares da, Pe. O Sacramento do Batismo. Disp. em: . Acesso: 19 abr. 2012.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cristão pode fazer tatuagem? As tatuagens e a Bíblia Sagrada

 

Uma leitora, - cujo nome não divulgaremos por não estarmos autorizados, enviou a seguinte pergunta para o e-mail vozdaigeja@gmail.com:
"Gostaria de saber o que a bíblia diz a respeito das tatuagens, e em qual evangelho encontro a resposta."

Reproduzimos abaixo a nossa resposta enviada à leitora, por considerarmos que possa representar também as dúvidas de outros leitores. Que seja útil.
Carla Perez e a sua "tattoo radical"

Agora todo mundo tem, e a tatuagem deixou de ser a marca 
de uma personalidade forte ou um sinal de rebeldia.

A Bíblia Sagrada não menciona, direta ou literalmente, a questão das tatuagens, mas algumas passagens estão relacionadas ao tema. Vejamos o que a Escritura tem a dizer:

"Não fareis lacerações na vossa carne pelos mortos; nem no vosso corpo imprimireis qualquer marca. Eu sou o Senhor." (Lv 19,28)

Pelo contexto do texto do Levítico (e também de Deuteronômio 14,1-2) vemos que as marcas no corpo tinham relação com os rituais pagãos que envolviam a necromancia (consulta aos mortos: o mesmo que hoje é chamado de 'mediunidade'). As marcas no corpo faziam parte da vinculação da pessoa à crença nos deuses e na prática dos seus rituais pagãos, e os simbolizavam.

Já o dragão, um dos temas preferidos para as "tattoos" atuais, no contexto bíblico, representa o demônio. Porém, mais importante do que saber aquilo que a Bíblia diz literalmente, é entender que não é recomendável que um cristão marque seu corpo para o resto da vida com tatuagens, pois o seu corpo é Templo do Espírito Santo, como diz São Paulo Apóstolo em sua primeira carta aos coríntios:

"Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom Preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." (1Cor 6,19,20)

Como cristãos, devemos buscar e nos identificar com Jesus e seguir o seu exemplo, e não com os modismos do mundo: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam" (1Cor 10,23).

"Rogo-vos, pois, irmãos, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos adapteis a este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Rm 12,1,2)

Hoje em dia parece que todo o mundo está se tatuando, e já faz algum tempo que tatuagem deixou de ser um gesto de rebeldia ou alguma coisa que diferencia a pessoa. Não aconselharíamos ninguém a se tatuar, mas é claro que nós não devemos considerar uma pessoa tatuada como pecadora, nem julgar alguém por conta de uma tatuagem. Ninguém deve deixar de se aproximar de Deus por possuir ou não tatuagens. Deus é Pai Misericordioso; Deus é Amor.
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Qual será a próxima moda?

Por Henrique Sebastião

Dia de Nossa Senhora das Graças e da Medalha Milagrosa

 
Capela da Medalha Milagrosa em Paris - Arquivo pessoal Pe. J. Alexandre.
 
 
 
Foi na segunda aparição a 27 de novembro de 1830, em Paris, na França; que Nossa Senhora apareceu a uma das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, à humilde noviça Santa Catarina Labouré. Ela descreve como lhe foi revelada a Medalha da Imaculada Conceição:
                           
            A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.
 
Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:
 
 "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“
 
 A ORAÇÃO:
 
Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, de repente, o globo desapareceu e suas mãos se estendem suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras em letras de ouro:
 
"Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós".
 
Virou-se então o quadro, aparecendo, no reverso, um " M" encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede:
 
 
 
         A PROMESSA:   
  
’'Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança. “
 
 E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo s espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: " A Medalha Milagrosa".
 

 
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
 
 Súplica - Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada.
 
Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas.

              E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.
 
Rezar 3 Ave-Marias.
 
- Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
 
Oração Final - Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.
 
 
 
Hoje as 19h30 na Capela Nossa Senhora das Graças localizada a Rua Ary Pereira de Lima, 346 - Cidade Jd. Cumbica, teremos a Missa Solene em louvor a Mãe de Jesus.
 
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O DÍZIMO NA IGREJA CATÓLICA



Muitos padres e fiéis católicos acham difícil falar sobre este assunto, principalmente por causa das deturpações que tantos verdadeiros mercadores da fé vêm promovendo nos últimos anos, usando meia dúzia de passagens bíblicas como arma para extorquir e explorar pessoas simples e sem formação. Assim enriquecem, cada vez mais, os falsos profetas. O verdadeiro significado do dízimo, porém, é justo e verdadeiramente cristão. 

Nos tempos do Antigo Testamento, a Lei de Moisés prescrevia o pagamento obrigatório de 10% dos rendimentos do fiel (pagos na forma de bens e mantimentos, principalmente produtos agrícolas) para manter
a tribo de Levi e os sacerdotes, responsáveis pela manutenção do Tabernáculo e depois do Templo, pois eles não podiam possuir heranças e territórios. Esses mantimentos eram também usados para assistir aos órfãos, viúvas e pobres. Depois da destruição do Templo (no ano 70 dC), a classe sacerdotal e os sacrifícios cessaram, e os rabinos passaram a recomendar que os judeus prestassem auxílio aos mais necessitados.

Por ser Cristo o Supremo Sacerdote, consumou o sacerdócio levítico com todas as suas leis, dízimos e costumes, como esclarece o Apóstolo São Paulo na Carta aos Hebreus (Hb 7,1-28): "Com efeito, mudado o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei" (Hebr 7, 12). Mais adiante, o mesmo santo Apóstolo arremata: "Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade" (Hb 7,18).


Hoje,
o dízimo é uma doação regular e proporcional aos rendimentos do fiel, que todo batizado deve assumir. É uma forma concreta que o cristão tem para manifestar a sua fé em Deus e o seu amor ao próximo, pois é por meio dele que a Igreja realiza diversas obras de caridade e assistência aos menos favorecidos. Pelo dízimo, podemos viver as três virtudes mais importantes para todo cristão: a Fé, a Esperança e o Amor-Caridade, que nos levam para mais perto de Deus.

O dízimo é um compromisso. Representa a nossa vontade de colaborar, de verdade, com o projeto divino de felicidade para todos. A palavra “dízimo”, que significa “décima parte”, vem dos 10% que os judeus davam de tudo o que colhiam da terra com o seu trabalho. E também hoje todos são convidados a oferecer, de fato, a décima parte daquilo que ganham, mas não somos obrigados. O importante é entender que o dízimo não é esmola. Deus merece a doação feita com alegria, e jamais nos priva da nossa liberdade. Além disso, o que é doado com alegria faz bem a quem recebe!

Cada pessoa deve definir livremente, sem tristeza nem constrangimento, qual percentual dos seus ganhos irá separar para o dízimo. A Igreja não exige a doação de 10% de tudo o que você ganha; porém, para ser considerado dízimo, é preciso que seja um percentual, isto é, uma porcentagem dos seus ganhos, sendo no mínimo 1%. Se alguém ganhar R$ 1.000,00 e oferecer R$ 10,00, isto ainda pode ser considerado dízimo. Menos do que isso, porém, seria uma oferta.

E a experiência pastoral comprova: aqueles que, confiantes na Providência Divina, optaram pelo dízimo integral, não se arrependeram nem sentiram falta em seus orçamentos. Ao contrário, muitos dizimistas dão o testemunho de que depois que passaram a contribuir com a Igreja e a comunidade dessa maneira, passaram a se sentir especialmente abençoados: Deus não desampara os que nele confiam.
Mas isso não quer dizer que devemos dar o dízimo esperando "ganhar em dobro", nem receber algo em troca, como se pudéssemos negociar ou barganhar com Deus. Aqueles que ensinam tais coisas nada entendem do verdadeiro cristianismo, nem compreendem o contexto bíblico, e menos ainda o significado de partilha, que era tão presente na Igreja primitiva.


A entrega do dízimo normalmente é mensal, porque a maioria das pessoas recebe salário todo mês. Já os que recebem semanalmente podem combinar de entregá-lo uma vez por semana, por exemplo. O importante é saber que o dízimo deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade com que recebemos os nossos ganhos.

Já as ofertas são doações espontâneas, com as quais o fiel também pode e deve participar da vida em comunidade, mas nesse caso não existe regularidade, como no dízimo. - Você pode e deve doar na hora do ofertório, durante as Missas, ou fazer depósitos nas caixas de coleta, mas não se trata de um compromisso fixo assumido com a sua comunidade, e sim de uma manifestação de amor, caridade e confiança.

Cada vez mais católicos se conscientizam da importância do dízimo e das ofertas. É bom encontrar a igreja limpa, bem equipada, tudo funcionando bem... Mas, infelizmente, muitos se esquecem de que, para isso, todos precisam colaborar! Somos a família do Senhor, e cada templo da Igreja é uma casa de todos nós. Contamos com o seu desejo de viver comunidade: aceite o chamado do Pai Eterno e diga sim ao compromisso de levar adiante os trabalhos evangelizadores da sua paróquia. Informe-se sobre como se tornar um dizimista. Faça a sua parte!


“Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria.” (2Cor 9,7)

___________
Acessoria
Profº Dr. Pe. Vicente de Melo, CSsR (em atividade na Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Guaratuba - Paraná, e comunidades diversas - janeiro de 2013);
Pe. Luiz Paulo de Souza (atualmente pároco de São José de Vila Zelina, São Paulo - Região Episcopal Belém, Setor Vila Prudente - janeiro de 2013).

Fonte bibliográfica
Tatto, Antoninho. Dízimo, expressão forte da comunidade, 10ª ed. São Paulo: O Recado, s/d.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

RIFA DIOCESANA

 
Nosso muito obrigado a todos que colaboraram na venda e na compra dos bilhetes. Nossa comunidade não ficou com nenhum carro, mas ficamos satisfeitos em ajudar a nossa Igreja Matriz (Catedral) na sua reforma. Deus dê a cada um de vocês 100 vezes mais.

RESULTADO GERAL CAMPANHA


Prêmio

 

Combinação dos resultados

Paróquias

 

790953

Paróquia São Pedro Apostolo – Vl. Galvão

 

953482

Paróquia São José – Jd. Paulista

 

482258

Paróquia Sagrado Coração de Jesus

 

258858

Paróquia Santa Rita de Cassia – Jd. Cumbica

 

858790

Paróquia São João Batista – Jd. Adriana

sábado, 23 de novembro de 2013

Prepare-se para as Confissões: Amanhã 04 de dezembro





Um dia Santa Teresa viu muitas almas a cair no Inferno. Ela perguntou a Jesus porque tantas almas caíam no Inferno. Jesus respondeu: "Por causa das confissões mal feitas". Então Santa Teresa escreveu logo a um padre: "Padre, pregue muitas vezes contra as confissões mal feitas, porque é esse o laço do Demônio para pegar as almas".

O Sacramento da Confissão é o meio certo de se receber o perdão dos pecados. Foi Jesus quem deu aos sacerdotes o poder de perdoar. "A quem perdoarem os pecados, os pecados serão perdoados" (Jo 20,19´23). Só a confissão bem feita é que perdoa os pecados.

 
 Adiar este Sacramento e não usufruir dele frequentemente é abusar da Misericórdia e da paciência Divina, o que pode ter consequências para toda a eternidade: Arder no fogo que nunca se apaga, onde há choro e ranger de dentes e onde a alma é atormentada por todo o sempre.


Para a confissão ser bem feita e válida, são necessárias cinco condições:


EXAME DE CONSCIÊNCIA - Com a luz do Espírito Santo, examinamos honestamente a nossa consciência e detectamos as faltas e pecados que temos cometido desde a nossa última confissão bem feita.

DOR DE CORAÇÃO - É necessário que o penitente esteja verdadeiramente arrependido. São desnecessárias as lágrimas ou outras manifestações exteriores de arrependimento. Baste que o pecador perceba o quanto ofendeu a Deus, que tenha consciência da gravidade do pecado, reconheça os seus pecados para formular um firme propósito de emenda.


 CONFISSÃO DE BOCA - Acusar, verbalmente, os pecados ao sacerdote, que em nome de Cristo, dará a absolvição. Devemos ser objetivos e simples, sem grandes rodeios ao dizer os pecados. No entanto, devemos também ser rigorosos e precisos no que respeita ao número de vezes que esse pecado foi cometido e as condições em que foi cometido.

FIRME PROPÓSITO DE EMENDA - O pecador deve abeirar-se do confessionário com uma firme resolução de abandonar a vida de pecado e com firme propósito de não voltar a pecar. "Vai em paz e não voltes a pecar.", diz-nos Jesus.

CUMPRIR A PENITÊNCIA - O sacerdote dará uma penitência à pessoa que recorreu a este Sacramento de Amor. Pode traduzir-se em orações, prática de boas obras, jejuns... Cumprir esta penitência imposta pelo confessor é importante para que o Sacramento seja recebido com todas as graças sobrenaturais que ele encerra.

Um pecado esquecido na Confissão fica perdoado se se fez bem o Exame de Consciência. Um pecado deliberadamente escondido na Confissão não fica perdoado e eu não posso comungar, tendo de fazer outra confissão.


Proposta de Exame de Consciência


Considerações preliminares:


Há quanto tempo fiz a minha última confissão?


Cumpri a penitência?


Deliberadamente ocultei um pecado mortal, ou confessei sem arrependimento verdadeiro, ou sem um firme propósito de emenda, ou sem a intenção de cumprir a penitência?


Após essa má confissão, recebi a Santa Comunhão em estado de pecado mortal? PECADO GRAVÍSSIMO!


Quantas dessas Confissões e Comunhões sacrílegas fiz?


Em estado de pecado mortal, recebi qualquer outro Sacramento?

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Os 12 graus do silêncio


A vida interior poderia consistir só nesta palavra: Silêncio! O silêncio prepara os santos; ele os começa, os continua e os acaba. Deus, que é eterno, não diz mais que uma só palavra, que é o Verbo. Do mesmo modo, seria desejável que todas as nossas palavras digam Jesus direta ou indiretamente. Esta palavra: silêncio, quão formosa é!

1º Falar pouco às criaturas e muito a Deus
Este é o primeiro passo, mas indispensável, nas vias solitárias do silêncio. Nesta escola é onde se ensinam os elementos que dispõe à união divina. Aqui a alma estuda e aprofunda esta virtude, no espírito do Evangelho, no espírito da Regra que abraçou, respeitando os lugares consagrados, as pessoas, e sobretudo esta língua na qual tão freqüentemente descansa o Verbo ou a Palavra do Pai, o Verbo feito carne. Silêncio ao mundo, silêncio às notícias, silêncio com as almas mais justas: a voz de um Anjo turbou Maria...

2º Silêncio no trabalho, nos movimentos
Silêncio no porte; silêncio dos olhos, dos ouvidos, da voz; silêncio de todo o ser exterior, que prepara a alma para passar a Deus. A alma merece tanto quanto pode, por estes primeiros esforços em escutar a voz do Senhor. Que bem recompensado é este primeiro passo! Deus a chama ao deserto, e por isso, neste segundo estado, a alma aparta tudo o que poderia distraí-la; se distancia do ruído, e foge sozinha Àquele que somente é. Ali ela saboreará as primícias da união divina e o zelo de seu Deus. É o silêncio do recolhimento, ou o recolhimento do silêncio.

3º Silêncio da imaginação
Esta faculdade é a primeira em chamar à porta fechada do jardim do Esposo; com ela vêm as emoções alheias, as vagas impressões, as tristezas. Mas neste lugar retirado, a alma dará ao Bem Amado provas de seu amor. Apresentará a esta potência, que não pode ser destruída, as belezas do céu, os encantos de seu Senhor, as cenas do Calvário, as perfeições de seu Deus. Então, também ela permanecerá no silêncio, e será a servente silenciosa do Amor divino.

4º Silêncio da memória
Silêncio ao passado... esquecimento. Há que saturar esta faculdade com a recordação das misericórdias de Deus... É o agradecimento no silêncio, é o silêncio da ação de graças.

5º Silêncio às criaturas
Oh, miséria de nossa condição presente! Com freqüência a alma, atenta a si mesma, se surpreende conversando interiormente com as criaturas, respondendo em seu nome. Oh, humilhação que fez gemer os santos! Nesse momento esta alma deve retirar-se docemente às mais íntimas profundezas deste lugar escondido, onde descansa a Majestade inacessível do Santo dos santos, e onde Jesus, seu consolador e seu Deus, se descobrirá a ela, lhe revelará seus segredos, e a fará provar a bem-aventurança futura. Então lhe dará um amargo desgosto para tudo o que não é Ele, e tudo o que é da terra deixará pouco a pouco de distrair-la.

6º Silêncio do coração
Se a língua está muda, se os sentidos se encontram na calma, se a imaginação, a memória e as criaturas se calam e fazem silêncio, se não ao redor, ao menos no íntimo desta alma de esposa, o coração fará pouco ruído. Silêncio dos afetos, das antipatias, silêncio dos desejos no que tem de demasiado ardente, silêncio do zelo no que tem de indiscreto; silêncio do fervor no que tem de exagerado; silêncio até nos suspiros... Silêncio do amor no que tem de exaltado, não dessa exaltação da qual Deus é autor, senão daquela na qual se mistura a natureza. O silêncio do amor, é o amor no silêncio...
É o silêncio diante de Deus, suma beleza, bondade, perfeição... Silêncio que não tem nada de chateado, de forçado; este silêncio não danifica a ternura, o vigor deste amor, de modo semelhante a como o reconhecimento das faltas não danifica tampouco o silêncio da humildade, nem o bater das asas dos anjos de que fala o profeta o silêncio de sua obediência, nem o fiat o silêncio de Getsemani, nem o Sanctus eterno o silêncio dos serafins...
Um coração no silêncio é um coração de virgem, é uma melodia para o coração de Deus. A lâmpada se consome sem ruído diante do Sacrário, e o incenso sobe em silêncio até o trono do Salvador: assim é o silêncio do amor. Nos graus precedentes, o silêncio era ainda a queixa da terra; neste a alma, por sua pureza, começa a aprender a primeira nota deste cântico sagrado que é o cântico dos céus.

7º Silêncio da natureza, do amor próprio
Silêncio à vista da própria corrupção, da própria incapacidade. Silêncio da alma que se compraz na sua baixeza. Silêncio aos louvores, à estima. Silêncio diante dos desprezos, das preferências, das murmurações; é o silêncio da doçura e da humildade. Silêncio da natureza diante das alegrias ou dos prazeres. A flor se abre no silêncio e seu perfume louva em silêncio ao criador: a alma interior deve fazer o mesmo. Silêncio da natureza na pena ou na contradição. Silêncio nos jejuns, nas vigílias, nas fadigas, no frio e no calor. Silêncio na saúde, na enfermidade, na privação de todas as coisas: é o silêncio eloqüente da verdadeira pobreza e da penitência; é o silêncio tão amável da morte a todo o criado e humano. É o silêncio do eu humano transformando-se no querer divino. Os estremecimentos da natureza não poderiam turbar este silêncio, porque está acima da natureza.

8º Silêncio do espírito
Fazer calar os pensamentos inúteis, os pensamentos agradáveis e naturais; só estes danificam o silêncio do espírito, e não o pensamento em si mesmo, que não pode deixar de existir. Nosso espírito quer a verdade, e nós lhe damos a mentira! Agora bem, a verdade essencial é Deus! Deus é o bastante à sua própria inteligência divina, e não basta à pobre inteligência humana!
No que concerne a uma contemplação de Deus perene e imediata, não é possível na debilidade da carne, a não ser que Deus conceda um puro dom de sua bondade; mas o silêncio nos exercícios próprios do espírito consiste, em relação à fé, em contentar-se com sua luz escura. Silêncio aos raciocínios sutis que debilitam a vontade e dissecam o amor. Silêncio na intenção: pureza, simplicidade; silêncio às buscas pessoais; na meditação, silêncio à curiosidade; na oração, silêncio às próprias operações, que não fazem mais que entravar a obra de Deus. Silêncio ao orgulho que se busca em tudo, sempre e em todas as partes; que quer o belo, o bem, o sublime; é o silêncio da santa simplicidade, do desprendimento total, da retidão.
Um espírito que combate contra tais inimigos é semelhante a esses anjos que vêem sem cessar a Face de Deus. Esta é a inteligência, sempre no silêncio, que Deus eleva a si.

9º Silêncio do juízo
Silêncio quanto às pessoas, silêncio quanto às coisas. Não julgar, não deixar ver a própria opinião. Não ter opinião às vezes, ou seja, ceder com simplicidade, sem nada se opor a ele por prudência ou por caridade. É o silêncio da bem-aventurada e santa infância, é o silêncio dos perfeitos, o silêncio dos anjos e dos arcanjos, quando seguem as ordens de Deus. É o silêncio do Verbo encarnado!

10º Silêncio da vontade
O silêncio aos mandamentos, o silêncio às santas leis da regra, não é, por dizer assim, mais que o silêncio exterior da própria vontade. O Senhor tem algo que ensinar-nos de mais profundo e de mais difícil: o silêncio do escravo sob os golpes de seu amo. Mas, feliz escravo, pois o Amo é Deus! Este silêncio é o da vítima sobre o altar, é o silêncio do cordeiro que é despojado de sua pele, é o silêncio nas trevas, silêncio que impede pedir a luz, ao menos a que alegra. 

É o silêncio nas angústias do coração, nas dores da alma; o silêncio de uma alma que se viu favorecida por seu Deus, e que, sentindo-se rechaçada por Ele, não pronuncia nem sequer estas palavras: Por que? Até quando? É o silêncio no abandono, o silêncio sob a severidade do olhar de Deus, sob o peso de sua mão divina; o silêncio sem outra queixa que a do amor. É o silêncio da crucifixão, é mais que o silêncio dos mártires, é o silêncio da agonia de Jesus Cristo. Se este silêncio é seu divino silêncio e nada é comparável à sua voz, nada resiste à sua oração, nada é mais digno de Deus que esta classe de louvor na dor, que este fiat no sofrimento, que este silêncio no trabalho da morte.
Enquanto esta vontade humilde e livre, verdadeiro holocausto de amor, se despedaça e se destrói para a glória do nome de Deus, Ele a transforma em sua vontade divina. Então o que falta para sua perfeição? O que requer ainda para a união? O que falta para que Cristo seja acabado nesta alma? Duas coisas: a primeira é o último suspiro do ser humano; a segunda é uma doce atenção ao Bem Amado cujo beijo divino é a inefável recompensa.

11º Silêncio consigo mesmo
Não falar-se interiormente, não escutar-se, não queixar-se nem consolar-se. Em uma palavra, calar-se consigo mesmo, esquecer-se de si mesmo, deixar-se só, completamente só com Deus; fugir, separar-se de si mesmo. Este é o silêncio mais difícil, e sem embargo é essencial para unir-se a Deus tão perfeitamente como possa fazê-lo uma pobre criatura que, com a graça, chega com freqüência até aqui, mas se detém neste grau, porque não o compreende e o pratica menos ainda. É o silêncio do nada. É mais heróico que o silêncio da morte.

12º Silêncio com Deus
No começo Deus dizia à alma: "Fala pouco às criaturas e muito comigo". Aqui lhe diz: "Não me fales mais". O silêncio com Deus é aderir-se a Deus, apresentar-se e expor-se diante de Deus, oferecer-se a Ele, aniquilar-se diante dEle, adorá-lo, amá-lo, escutá-lo, ouvi-lo, descansar nEle. É o silêncio da eternidade, é a união da alma com Deus.

Fonte: Livre-tradução do Artigo "Los doce grados del silencio" de "Sor Amada de Jesús" publicado em "Cuadernos de La Reja" número 2 do Seminário Internacional Nossa Senhora Corredentora da FSSPX.
www.afecatolica.com

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quando montar a Árvore de Natal e o Presépio?



"Após as I Vésperas do I Domingo do Advento é a hora de montar a árvore de Natal, colocar a guirlanda na porta, armar o presépio, e mudar o capacho da frente de casa por um tapete com decoração natalina." (Rafael Vitola Brodbeck).

A árvore não deve ser montada toda de uma vez: o ideal é acrescentar enfeites e adereços aos poucos, durante as quatro semanas do Advento, que é, para nós católicos, tempo de preparação. 

“Durante o Natal, no Hemisfério Norte, todas as árvores perdem as folhas, com exceção do pinheiro. Por isso, a árvore se tornou símbolo da vida, celebrada no Natal com o nascimento do menino Jesus.” 

A preparação da árvore deve ser intensificada durante a última semana que antecede o Natal. “Até 16 de dezembro, tudo ainda é muito sóbrio, mesmo nas leituras feitas nas Missas do advento. É só a partir do dia 17 de dezembro que a Bíblia começa a falar do nascimento de Jesus, e se inicia um momento de maior expectativa. Esse é o momento, portanto, de intensificar a decoração da árvore.” 

A montagem do presépio, também tradicional em tempos de Natal, deve seguir a mesma linha da preparação da árvore de natal. “Aos poucos, pode-se começar a montar a gruta, colocar os animais e os pastores, mas a Virgem Maria, São José e o menino Jesus devem fazer parte do presépio apenas mais próximo da noite do Natal.” 

O presépio, enquanto “encenação”, foi uma invenção de São Francisco de Assis para lembrar a simplicidade e as dificuldades enfrentadas pela Virgem Maria e São José no nascimento de Jesus. A orientação para quem pretende seguir a tradição católica é não sofisticar os presépios com luzes e enfeites. 

“Costumamos dizer sempre também que é muito importante envolver as crianças na montagem dos presépios, e o ideal seria que eles fossem feitos nas próprias casas, pelas crianças, para que eles percebam o real sentido do natal.” 

Hora de desmontar 

Tradicionalmente, o dia de desmontar a árvore de Natal, o presépio e toda a decoração natalina é 6 de janeiro, o Dia de Reis. “É nesse dia que três magos, pessoas sábias, encontram o menino Jesus e ele é então revelado a todas as nações. Termina então o tempo de Natal, o tempo de expectativa, e começa o Tempo Comum para a Igreja.” 

Advento 

Um dos grandes símbolos do Natal para a Igreja é a coroa do Advento. Formada com ramos verdes e em formato de círculo, a coroa simboliza a unidade e a perfeição, sem começo e sem fim. “A coroa representa o nascimento do rei. Em cada um dos quatro domingos do advento uma vela é acesa. Com a proximidade do nascimento de Jesus, a luz se torna mais intensa, e é o Natal enquanto festa da luz que celebramos.”


Fonte: Pe. Carlos Gustavo Haas (Com adaptações).

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Para repensar a nossa vida e a nossa pastoral

Ladainha da Humildade


Na liturgia somos muitas vezes chamados a exercer os últimos encargos, e em muitas dessas vezes somos tentados a não aceitar a devida submissão, mas querer ser exaltado às custas da liturgia do Senhor. Para que todos os envolvidos na liturgia tenham em mente que "É preciso que ele cresça e eu diminua." Jo 3,30.
 
1. Senhor, tende piedade de nós.
2. Cristo, tende piedade nós.

1. Senhor, tende piedade de nós.

2. Jesus manso e humilde de coração: ouvi-nos.
1. Jesus manso e humilde de coração: atendei-nos.
2. Jesus manso e humilde de coração: fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.

1. Do desejo de ser estimado, livrai-me, Jesus!
2. Do desejo de ser amado, livrai-me, Jesus!
1. Do desejo de ser procurado, livrai-me, Jesus!
2. Do desejo de ser louvado, livrai-me, Jesus!
1. Do desejo de ser honrado, livrai-me, Jesus!
2. Do desejo de ser preferido, livrai-me, Jesus!
1. Do desejo de ser consultado, livrai-me, Jesus!
2. Do desejo de ser aprovado, livrai-me, Jesus!
1. Do desejo de ser adulado, livrai-me, Jesus!

2. Do temor de ser humilhado, livrai-me, Jesus!
1. Do temor de ser desprezado, livrai-me, Jesus!
2. Do temor de ser rejeitado, livrai-me, Jesus!
1. Do temor de ser caluniado, livrai-me, Jesus!
2. Do temor de ser esquecido, livrai-me, Jesus!
1. Do temor de ser ridicularizado, livrai-me, Jesus!
2. Do temor de ser escarnecido, livrai-me, Jesus!
1. Do temor de ser injuriado, livrai-me, Jesus!

2. Que os outros sejam mais amados do que eu – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

1. Que os outros sejam mais estimados do que eu – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! 2. Que os outros possam crescer na opinião do mundo e que eu possa diminuir – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

1. Que aos outros seja concedida mais confiança no seu trabalho e que eu seja deixado de lado – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

2. Que os outros sejam louvados e eu esquecido – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

1. Que os outros possam ser preferidos a mim em tudo – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

2. Que os outros possam ser mais santos do que eu, contanto que eu pelo menos me torne santo como puder – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

Ó Maria, Mãe dos humildes, rogai por nós!

São José, protetor das almas humildes, rogai por nós!

São Miguel, que fostes o primeiro a lutar contra o orgulho e o primeiro a abatê-lo, rogai por nós!

Ó justos todos, santificados a partir do espírito de humildade, rogai por nós!

ORAÇÃO: Ó Deus, que, por meio do ensinamento e do exemplo do Vosso Filho Jesus, apresentastes a humildade como chave que abre os tesouros da graça (cf. Tg 4,6) e como início de todas as outras virtudes – caminho certo para o Céu – concedei-nos, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, a mais humilde e mais santa de todas as criaturas, aceitar agradecendo todas as humilhações que a Vossa Divina Providência nos oferecer. Por N. S. J. C. que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Card. RAFAEL MERRY DEL VAL, Secretário de São Pio X. 
Fonte: http://maos-postas.blogspot.com.br/2012/03/ladainha-da-humildade-versao-completa.html

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Encerramento do Ano da Fé

Sabemos a quem amamos!
Adoramos ao nosso Salvador!


Paróquia Santa Teresinha e N. Sra. das Angústias - Cumbica

Domingo dia 24 de Novembro – Festa de Cristo Rei

Ao meio dia


Venha oferecer uma Hora do seu dia à quem te oferece toda a eternidade. 

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO

 
No próximo dia 26 de novembro as 19h na Escola Glorinha Pimentel (próximo a Capela Santa Paulina) acontece o encontro para decidir o que precisamos em nosso bairro de Cumbica.
 
Também este será o dia em que pediremos contas do que foi feito para a nossa região.
 
Sua participação é decisiva. Esteja lá e faça parte da solução, pois problemas já temos bastante.
 
O que mudou em Cumbica desde o ano passado? Se conseguir responder ficaremos muito feliz.

domingo, 10 de novembro de 2013

Fiel Católico: Como vemos nossos filhos?

Fiel Católico: Como vemos nossos filhos?: Percebe-se atualmente uma crise educativa que se torna cada vez mais preocupante em todo o mundo. De modo geral, constata-se que o níve...