domingo, 19 de abril de 2015

SÓ EXISTE VIDA ETERNA SE...

... Passarmos pela cruz de nossas vidas! Vivemos intensamente o período quaresmal no qual a Igreja nos convidou a fazer um caminho de conversão e mudança de em nossa vida. Viver a quaresma é confrontar aquilo que somos, aquilo que temos de bom, com as nossas limitações e fraquezas, e assim neste processo fazer as mudanças necessária para alcançarmos a salvação oferecida por nosso Deus. 

Repassando as leituras, proclamadas e meditadas neste período, foi e é possível perceber que Deus nunca pede morte do pecador, mas sim que ele se reconcilie consigo mesmo, com os demais irmãos e que prove da misericórdia e o amor infinito que Deus tem por cada um de nós. A vida do ser humano se renova sempre em Cristo, nosso Salvador e Redentor. 

Devemos contemplar a nossa vida, sempre tendo como luz para os nossos olhos a Via Sacra de Nosso Senhor. É preciso carregar a nossa cruz de cada dia, mesmo que ela venha carregada de dificuldades e problemas, desta forma assumimos a nossa própria vida. É neste período de quedas que aprendemos mais sobre a Via-Sacra do Senhor, é que vemos que embora Ele tenha caído, levantou-se para nos ensinar a nos levantar e retomar o caminho, prosseguindo até o fim. 

Quando a cruz que você carrega parecer ou se tornar pesada demais, lembre-se que Deus sempre um Simão de Cirene para ajudar aliviar o peso e as dores de caminho que muitas vezes se traduz em sofrimento e uma Verônica para te enxugar o rosto banhado de sangue ou lágrimas. Contudo, é preciso lembrar que eles aparecem para ajudar e não para fazer aquilo que é o seu dever. Cada um tem a sua cruz!

A única certeza que temos neste caminho é de que a verdadeira vida de alegria não se dá nesta vida terrena e sim no Céu, como fora prometido pelo nosso Senhor. Não existe vida eterna se não passarmos pela morte. Não existe paraíso se não soubermos lutar por ele. Cristo é nossa fonte de inspiração para superar nossas dores, Ele estará sempre de braços abertos para abraçar a cada um de nós. Ele é a verdadeira Vitória de nossas vidas, é a nossa Salvação. 

A Páscoa fala-nos, pois, de uma felicidade que Deus nos oferece construída nos caminhos do amor, do perdão, na atenção ao outro, no sairmos de nós para vivermos felizes no sorriso do irmão a quem curamos feridas; nos olhos agradecidos daquele a quem estendemos as mãos; numa vida entregue, na consciência de sermos um dom de Deus para servir.

Fala-nos de vida nova, de Jesus Cristo que, por amor, morreu para dar Vida. E a sua ressurreição é a afirmação de que vale a pena viver no amor, mesmo que esse nos leve à cruz. Jesus dizia aos seus discípulos que quem com Ele morresse, com Ele encontraria a Vida (cf. Mt. 16,25). 

Com Cristo temos de fazer do amor a Deus e aos irmãos a meta da nossa existência. Optar pelo amor é optar pela cruz porque amar nunca é fácil, mas é o único caminho que conduz à vida, a uma vida plena. Feliz Páscoa!!!

Pe. Cássio Fernando

sábado, 18 de abril de 2015

Conheça a sua fé

A Fé nos torna participantes da Família de Deus e membros da Igreja, e é através dela que seguimos o Caminho da Salvação, que é Jesus Cristo. Nossa família cristã, a Igreja do Senhor, tem uma história de dois milênios, riquíssimas tradições e belíssima Liturgia, que se refletem nas belas celebrações. 

Pode ser que algumas pessoas não as entendam, mas, antes de simplesmente ignorá-las, ou pior, criticá-las, seria mais inteligente procurar conhecê-las, entender as suas origens e significados e tentar conhecer os seus valores. 

O principal, muitas vezes, é invisível aos olhos, mas se manifesta através do visível, do palpável, do sensível aos sentidos físicos. O próprio Cristo, mesmo sendo Deus, ao assumir natureza humana observou os ritos e respeitou as normas religiosas: foi batizado, passou noites em oração, foi ao Templo de Jerusalém, ia às sinagogas, lia as Escrituras...

É hipocrisia dizer que se tem fé e não demonstrá-la nos gestos, nas atitudes, nas posturas diante da vida, e também nas práticas religiosas. A fé e o modo de vida não vivem separados. A Bíblia é radical e diz, com toda a clareza, que a fé sem obras é morta (Tg 2,14-26).

Conta-se que certo empresário muito rico, mesmo sendo ateu, em viagem à Índia fez questão de ir conhecer Madre Teresa de Calcutá: ele tinha admiração pelo seu despojamento, coragem e obra. Chegando à Casa das Missionárias, onde Madre Teresa vivia, encontrou-a em meio a um mar de crianças miseráveis, muitas doentes, num quadro desolador. Viu uma velha senhora, que poderia estar descansando e aproveitando tranquilamente seus últimos anos de vida, sacrificando-se, literalmente, pelo bem do próximo.

Comovido, este homem aproximou-se e se apresentou, declarando sua admiração pela religiosa. Madre Teresa foi gentil, mas não deixou de fazer o seu trabalho. Os dois conversaram por alguns minutos, até que e o rico empresário, prestando atenção ao grande crucifixo pendurado ao pescoço de Madre Teresa, comentou: “Admiro muito o seu trabalho e o seu exemplo de vida, mesmo não acreditando neste símbolo que a senhora usa”. 

Ouvindo isso, Madre Teresa respondeu: “Meu filho, tudo que eu sou e faço, todas as coisas pelas quais você me admira... É tudo por causa do que este símbolo representa. Se não fosse pela minha fé e amor a Jesus Cristo Crucificado e Ressuscitado, você nem saberia que eu existo!”...

Se você que lê este artigo tem uma "fé morna", que não se reflete concretamente na sua vida prática, lembre-se deste exemplo de Madre Teresa. É assim que os santos nos ajudam: talvez mais do que pedindo por nós a Deus, no Céu, pelo seu exemplo de vida.

Fonte: http://www.ofielcatolico.com.br/